sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Memórias de um doble chapa VIII

A INFÂNCIA

Nós éramos crianças muito felizes. Sem a alienação dos tablets de hoje. Crescemos correndo livre nos campos, andando a cavalo, subindo em árvores, tomando banho na sanga. Cavalgando em pedaços de taquara. Caçando perdizes em Mundéus. Era uma armadilha para caçar passarinhos. Ao aterrar o milho ficava um sulco onde fazíamos uma cerquinha de rama de alecrim com uma minúscula porteirinha onde se prendia uma laçada feita de crina do rabo do cavalo trançada. Tínhamos o cuidado de não cortar a crina do rapo das montarias de papai, senão vinha bronca. Em ambos os lados se colocava uma sequencia espaçada de grãos de milho. A perdiz vinha comendo e ao passar pela Porteirinha se enforcava na laçada. Quebrava o galho no almoço quando a carne andava escassa. Não conhecíamos brinquedo comprado, inventávamos as brincadeiras e os brinquedos. Normalmente inspirados na atividade dos adultos, ou seja, criar gado. Brincávamos de fazendeiro e o nosso gado era sabugo de milho,  nossa mãe muito cuidadosa, não deixava nós usarmos ossos como gado, pois podiam estar contaminados. Fazíamos cercas de vara de alecrim, os pendões deste, enterrados um ao lado do outro, formavam as florestas de eucaliptos. Havia uma bergamoteira enorme cujos galhos encostavam no chão, ficando um enorme vão em torno de seu tronco onde minhas três irmãs brincavam de bonecas, todas feitas em casa. Faziam visitas de bonecas, bailes de bonecas. Elas faziam o diálogo das bonecas. Depois do almoço os velhos iam sestear e nos íamos comer bergamotas empoleirados nos sinamonos do curral, após pegávamos pelegos de ovelha e íamos deitar na sombra de um eucalipto enorme distante uns 80 metros da casa. Lá ficávamos de molecagem. No arvoredo gritos de caturritas e murmúrios de pombas de todos os tamanhos. Pássaros de varias espécies. Minha tarefa era buscar as vacas para encerrar os terneiros a tardinha, de manhã trazer as vacas para ordenhar. As vezes caia uma geada de renguear cusco (cão), papai mandava eu esperar que levantasse, mas eu impetuoso sai de pé no chão pisando neve e o mais incrível, o pezito sempre quente. O velho dizia: tu vais ver a consequência disso quando ficares velho. Quando se plantava o milho eu ia atrás do arado puxado a bois, com um alforge atirando os grãos no sulco. Encilhar cavalo e levar outro puxado a cabresto para esperar papai na estação de trem. Quando necessário levar uma charrete para esperar uma visita da cidade. Ir no bolicho a cavalo comprar alguma coisa. As vezes me atrasava e caia a noite escura eu deixava o cavalo se auto-conduzir pois ele sabia o caminho. As vezes retornava da minha  missão a noite e tinha que passar em frente a um cemitério o que me dava grande medo. Contava-se que um sujeito muito medroso ia passando a frente do cemitério a noite, com as mãos tremulas deixou cair uma das rédeas e o cavalo pisou na ponta e arrebentou, teve de apear-se apavorado de medo e procurava dar um nó na dita. Nisto uma coruja piou, aquele pio característico, tipo assim: “ PISSSS UHUHUH  CUCURÚ” Mas ele na crise de nervos entendeu que uma alma penada havia lhe perguntado. “Pssiquitiu ESTÁS COSTURANDO? E respondendo a suposta alma: Não senhor estou dando um nozinho, mas já vou embora!

Na próxima sexta-feira, segue mais recordações de um doble chapa.
                                                             Escrito por Nelcy Cordeiro





quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A Lavanda é o caminho


Olá! Nosso dia começa assim, sempre com muita alegria e boas energias. Nossa querida amiga Claudia do blog Claudiaroma, tornou nossa manhã super especial. Nos presenteou com sua nova criação. Seu maravilhoso livro. A lavanda é o caminho. Ela é uma aficionada pela Lavanda. A delicadeza já começa na embalagem, cheia de carinho e veio deixando por onde passava o aroma e também muita paz e tranquilidade. Nas precisas palavras da autora a lavanda transmite calma, tranquilidade e equilíbrio. Mas ao ler o livro, Uma crônica sobre a vida, a emoção foi o sentimento predominante. A linda e emocionante história de sua mãe nos faz refletir sobre o encontro e a certeza que tudo tem sua hora certa para acontecer. Obrigada Claudia! Te desejo muito sucesso e felicidades. Fizestes uma obra especial que faz florar os mais belos sentimentos.    















Até a próxima se Deus quiser...

 Anajá Schmitz


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Camponaje


Olá! Espero que todo estejam bem e felizes. A vida anda atropelando tudo, principalmente o tempo. Antes tudo era tão pacato, os dias custavam a passar. E as tardes, essas eram preguiçosas, se arrastavam até a noite. Atualmente  não tenho mais visto nem as manhãs e nem as tardes. Passam desapercebidas. Me falta tempo para fazer o que mais gosto, o Crochê. Aprendi a fazer crochê na escola, quando estava nas séries iniciais. Desde então nunca mais parei. Quando casei, queria colocar cortinas em todas as janelas, mas como tínhamos tantas coisas para comprar e o dinheiro não era o suficiente, fiz essa que aparece na foto abaixo e tenho ela até hoje. Quando recebemos visita, todos gostam muito de meus crochê e sempre me pede para fazer e vender. Sabe que  fiz? Uma loja virtual. Vamos ver no que dá. 

Espero sua visita para conhecer e dar sugestões, Camponaje .





Você que gosta de crochê e não tem tempo de fazer, nos visite em nossa loja. Lá você encontra vários modelos de crochê. Trilhos feito em linha de algodão. Excelentes peças decorativa que leva delicadeza e um toque de originalidade para qualquer ambiente; clássica e romântica; tem um toque macio e delicado. Produtos delicados e encantadores que ajudam na decoração de forma simples, rápida e bonita.


Até a próxima se Deus quiser...

 Anajá Schmitz