A VOLTA
Já havia visitado meus pais após 2 anos, mas não me animei e falar-lhes dos maus tratos sofridos. Certa feita meu pai foi a Montevidéu me ver, guardei silêncio sobre o que se passava comigo. Minha única alegria era quando uma prima casada com um engenheiro me levava para sua casa, para me dar uma folga dizia ela. Na sua casa eu ficava no céu, no paraíso. Logo que retornei para casa de meus pais, senti a necessidade de trabalhar. Fui trabalhar numa granja de arroz cujos proprietários eram descendentes de alemães. Entre eles só falavam o alemão. Eles estavam de partida para Rosário do Sul e eu quis ir junto, como era menor de idade meu pai me acompanhou. Fui morar na casa do gringo gerente, tinha certa amizade com meu pai, pois o velho certa vez mandou fazer um açude no campo e plantou dois hectares de arroz, como era terra virgem colheu um arroz de alta qualidade, e papai vendeu fiado para eles, pois tinham chegado com as famílias e eram muito pobres. Enriqueceram plantando arroz. Eram 7 irmãos incluindo um já falecido. As alemãs cuidavam da casa, criavam galinha, engordavam porcos e ordenhavam vacas. Plantavam uma horta de dar inveja. Eu trabalhava muito. Com 15 anos carregava um saco de arroz de 50 kg na cabeça ou no ombro. Um médico ultimamente ao ver uma radiografia minha perguntou se eu havia feito força na infância. Disse que eu tinha as veias do pescoço dilatadas. Também pudera! Na granja eu era da chamada turma das casas, isto é, mensalistas, o grosso do pessoal era contratado na plantação ou colheita. Trabalhei em cima das máquinas de ceifar. Nesta trabalhavam o condutor, o ensacador, o que costurava o saco e uma criança para enfiar a agulha. O costurador ia derrubando os sacos costurados em uma calha, a cada quatro sacos puxava um corda e derrubava-os no chão. A seguir as carroças de bois iam recolhendo os sacos até um terminal, aonde tratores com reboques os conduziam até o secador.
Na próxima sexta-feira, segue mais recordações de um doble chapa.
Escrito por Nelcy Cordeiro
Passei para deixar um beijo e desejar bom final de semana amiga
ResponderExcluirTe deseo un feliz fin de semana Anajà
ResponderExcluirTanti baci :*)
fala ai ! esse seu NELCY é top demais, um lindo senhor de tudo coração alma e espirito esse cara é daqueles que o SENHOR constrói de tempos em tempos, uma historia linda que quero muito o livro livreto seja lá como for chamado essa impressão de uma bela historia...
ResponderExcluirah! novidades...marido andou sondando preço de passagem perguntei e disse ...se realmente gostariamos de ir para o sul de novo ?!
EDU ai papai que pergunta a aila tá com saudade de mim e o JEAN vai casar com a MARY e eu tenho que estar lá...rsrsrsrsr
então tá vamos esperar...vou vê...vou vê edu.
eu nem me meti na conversa.
então é isso...olha a casinha deles esta fofa demais,espero muito poder ver pessoalmente,estamos com saudade marido anda falando do edson que deve estar cheio de compromissos.
beijocas,sejamos gentil.
belo fim de semana
DEUS ABENÇOE A GRANDE FAMILIA.
Oi Anajá, o Nelcy tem história de fato e, pelo que sentimos, o trabalho não mata, muito pelo contrário, dá mais vida.
ResponderExcluirAgradecendo por compartilhar, desejando um lindo e abençoado final de semana, abraços carinhosos
Maria Teresa
Bien joven empezó a trabajar,el trabajo dignifica a la persona!
ResponderExcluirBuen finde y besos de las dos
Não é fácil trabalhar no "duro"...nem sempre compensatório!!!
ResponderExcluirBj amigo e bom fim de semana
Dearest Anajá,
ResponderExcluirGuess that in the country, all of us were made to work very hard. I lifted wooden crates of 25 kg over my head to empty the gherkins into a big wooden crate and went back filling up mine over and over again. We certainly do not die from working hard, it is more dangerous for the young generation not doing any physical activity. It made us eat well and sleep soundly.
Sending you hugs,
Mariette
Olá, minha querida... passando para desejar um bom domingo com sua família. bjos
ResponderExcluirDevo a minha amiga um pedido de desculpas. Prometi e nao cumpri no seu convite. Ponto negro.
ResponderExcluirCoisas houve que tal impediram. Fica para a proxima, tal como este encanto de cronica, que sabe me "arrepia"
Adoro demais o cheiro da terra, tangivel, real ou simplesmente humana.
A partir de segunda, vira novo folego. Desculpe mais uma vez e bom domingo.
Para desanuviar, diga ao Alfredo que comprei duas boas canas de pesca e um carreto do outro mundo..."Iron". Puro gozo.
Voltarei em consciencia e com saudade.
Palavras gentis podem ser curtas e fáceis de falar, mas seus ecos são
ResponderExcluirverdadeiramente infinitos.
(Madre Tereza de Calcutá)
Um abençoado inicio de mês!!!!
Beijos Marie.
um beijinhos minha querida!!
ResponderExcluirSanti
Boa noite querida!
ResponderExcluirO que posso dizer sobre esse post é que me deu uma vontade de dar um grande abraço fraterno no senhor Nelcy!
Te desejo uma ótima semana.
Bjim
Léia
É sempre um prazer ler "coisas" do passado do Sr. Nelcy Cordeiro (ainda que a sua vida tenha sido dura).
ResponderExcluirBeij/Paula.
Uma vida dura mesmo...nem consigo imaginar como é trabalhar no campo...
ResponderExcluirparabéns a este senhor por ter lutado tanto.
Linda semana desde Costa Rica.
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