sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Memória de um doble chapa XII

O POR DO SOL                                                                                     

As galinhas ficavam naquele alvoroço disputando o melhor lugar nos puleiros ao entardecer. Estes eram ao relento, pois nossos pais criavam assim desta maneira acreditando que elas pegariam menos pestes. Algumas dormiam empoleiradas nos galhos de laranjeiras e limoeiro.

Era tarefa de minhas irmãs abastecer os lampiões de querosene para a noite que se avizinhava. A gurizada lavar os pés na gamela enorme de cortiça para calçar as alpargatas e ir para a cama com os pés limpos. Ao longe por detrás de uma coxilha, na estância do João Garagori apareciam as pontas do eucaliptal e a torre de um tal de cata-vento, um aerogerador de energia que podia ser de 6 ou 12 volts. Armazenava energia nas baterias que iriam abastecer a iluminação e ativar o rádio. Lá diziam que tinha a tal de luz elétrica. Eu não fazia a menor ideia do que fosse. Os pobres quando conseguiam uma lâmpada incandescente queimada faziam dela um candeeiro, furando a parte de cobre e colocando um pavio no interior. Enchia-se de querosene e fazia-se apoio com pés de arame. Alguém mais ignorante que eu, me disse que ouviu dizer que esfregando-se a rosca de cobre a lâmpada acendia, e eu dele a esfregar e nada.

Finalmente um dia minha irmã mais velha casou e o marido muito esclarecido e habilidoso construiu uma torre de madeira e instalou um cata-vento que papai havia comprado. Gerava somente 6 volts possuía uma única bateria, para economiza-la fazia-se um furo na parede de tábua junto ao teto e ali colocava-se a lâmpada e assim iluminava 2 cômodos ao mesmo tempo. Acostumados com lampiões de querosene, era luz em exagero. Comparada coma iluminação dos candeeiros era um esbanjo de luz.

Na próxima sexta-feira, segue mais recordações de um doble chapa.

                                         Escrito por Nelcy Cordeiro





quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Bolo de caneca

Olá queridos amigos e amigas. Espero que todos estejam bem. Outro dia passeando pelo supermercado vi a mistura para  bolo de caneca. Achei tão bonito, comprei. Mas aqui em casa não temos microondas. Fiz neste potinho e assei no forno. Ficou muito bom. Um ótima dica para quem mora sozinho. Se colocar um negrinho por cima fica maravilhoso. Calorias para acompanhar os dias mais frios.




Até a próxima se Deus quiser...
 Anajá Schmitz

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Pastel de espinafre


Na sexta-feira passada assisti um programa sobre a alimentação na Grécia. Me encantei com o estilo natural e sem carne das alimentações deles. Lá eles pegam vários tipos de verduras e misturam refogam e recheiam os pasteis. Peguei somente o espinafre, mas da próxima vez irei misturar, com outras verduras e temperos. E o mais extraordinário, que a pesquisadora falou que podemos comer a vontade, pois as verduras são antídotos contra a fritura.
Receita:
02 xícara de espinafres picados; temperei com azeite de oliva, sal; 02 colheres de queijo ralado. Misture bem e recheie os pasteis e frite em óleo quente.




Até a próxima se Deus quiser...

 Anajá Schmitz

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

20 de Setembro


É a data mais importante para nós gaúchos Neste dia comemoramos os ideais da Revolução Farroupilha. Essa revolução se deu por melhores condições econômicas ao Rio Grande do Sul.

O estado do Rio Grande do Sul vivia basicamente da pecuária extensiva e da produção de charque, que era vendido para outras regiões do País. No início do século XIX, a taxação sobre o charque gaúcho tornava o produto pouco competitivo, e logo o charque proveniente do Uruguai e da Argentina passou a abastecer esta demanda.
Alguns estancieiros, em sua maioria militares, propuseram ao Império Brasileiro novas alíquotas para seu produto, a fim de retomar o mercado perdido para os vizinhos do Prata. A resposta não foi nada satisfatória. Indignados com o descaso da Corte e cansados de ser usados como escudo em várias guerras na região, os gaúchos pegaram em armas contra o Império.
Em 20 de Setembro de 1835, tropas lideradas por Bento Gonçalves marcharam para Porto Alegre, tomando a capital gaúcha e dando início à guerra. O governador Fernandes Braga fugiu para a cidade portuária de Rio Grande, que tornou-se a principal base do Império no estado.
Em 11 de Setembro de 1836, após alguns sucessos militares, Antônio de Souza Netto proclama a República Rio-Grandense, indicando Bento Gonçalves como presidente. O líder farrapo, no entanto, mal toma posse e, na Batalha da Ilha do Fanfa sofre uma grande derrota e é levado preso para o Rio de Janeiro, e logo em seguida para o Forte do Mar, em Salvador, de onde fugiria espetacularmente.
A revolução se estendeu por dez anos e teve altos e baixos para os dois lados. Um dos pontos altos foi a tomada de Laguna, em Santa Catarina com a ajuda do italiano Giuseppe Garibaldi, em 1839. Finalmente os farroupilhas tinham um porto de mar. Ali foi fundada a República Juliana (15 de julho de 1839).
Após dez anos de batalhas, com Bento Gonçalves já afastado da liderança e com as tropas já muito desgastadas, os farrapos aceitam negociar a paz. Em fevereiro do 1845 é então selada a paz em Poncho Verde, conduzida pelo general Luís Alves de Lima e Silva. Muitas das reivindicações dos gaúchos foram atendidas e a paz voltou a reinar no Brasil.
A Revolução Farroupilha é marco inicial da cultura gaúcha. É a partir dai que nosso povo gaúcho estabelece nossa identidade, nossas tradições e nossos ideais de liberdade e igualdade. Hoje a cultura gaúcha é reverenciada não só no estado, mas no país e no mundo, através dos milhares de CTGs (Centro de Cultura Gaúcha) espalhadas por todos os cantos. E a cada 20 de Setembro, o gaúcho reafirma o orgulho de nossas origens e o amor por nossa terra.


Revivendo as tradições
acampamento farroupilha

Foto: Dani Barcellos / PMPA Acampamento Farroupilha da Copa mostra cultura gaúcha para turistas

Acampamento Farroupilha

Acampamento Farroupilha

Parque Harmonia |  Foto: Ricardo Stricher/PMPA |  Homenagem da Foxter Cia. Imobiliaria |  http://www.foxterciaimobiliaria.com.br
Fonte

O mais lindo de nossa tradição é ver o gosto e o respeito de nossos jovens pela nossa cultura. 


Até a próxima se Deus quiser...

 Anajá Schmitz