A FAZENDA
Um belo dia saímos eu e meu irmão da granja e eu me empreguei de tratorista em uma fazenda, para plantar pastagem artificial e outros serviços. Papai em função da morte do genro, colocou um tio a cuidar da sua propriedade rural e assumiu o armazém agora pertencente a minha irmã viúva, situava-se a meio Km da fazenda em uma esquina formada por uma estrada rural em perpendicular a outra. Eu que trabalhava a 3 anos com os alemães sem ver a cor do dinheiro, ao receber o primeiro salário exultei, nunca tinha visto tando dinheiro, isto que o patarão tinha fama de pagar pouco. Comprei a vista uma calça social e um a camisa de boa qualidade, e não parei mais de me vestir melhor. No início dos anos 70 o chique da rapaziada era ter um ban lon não sei se era assim que se escrevia, era uma espécie de camisa gola polo de uma malha fina sintética. Eu tinha 3 deles era um exagero. Adivinhem que estava trabalhando de professora, alfabetizando os filhos de um granjeiro? Ela! A filha do capataz da mencionada fazenda onde minha mãe casou. A dita cuja que, quando eu tinha 15 anos e ela 18 pediu-me para tirar uma foto no casamento de minha irmã. Ela de branco e eu de azul marinho, parecíamos os noivos.
Na próxima sexta-feira, segue mais recordações de um doble chapa.
Escrito por Nelcy Cordeiro