Olá! Um novo dia inicia por aqui. Essa semana estamos tendo ventos fortes. Vento minuano. Meu pai sabia quando ia ventar, somente olhando o pôr do sol. Não sei de onde vinha tanta sabedoria. Hoje sinto falta dessas previsões. Datas e luas boa para o plantio. Uma vez peguei um pezinho de laranjeira e puxei da terra e veio com metade da raiz. Ele brigou comigo. Disse que eu matei o pé de laranjeira arrancando daquele jeito. Levei para casa e enterrei de qualquer jeito. Um tempo depois ele foi lá em casa e me perguntou pela muda de laranjeira. Mostrei para ele. Ele não acreditou que tinha pegado e estava linda, verde e vistosa. Aí todos queriam que eu fizesse mudas pois o pai disse que eu tinha mão boa. Assim ficou conhecida minha fama de mão boa para plantio. hahahah
Hoje mostro um pouquinho de nossa casa. A lavanderia e atelier.
Essa obra foi feita pelo Alfredo. Desde a casinha até as prateleiras para decoração. Essa parte de cima ele fez um lugar para guardar coisas em desuso.Adoro esse cantinho. Mas não vou a noite costurar, morro de medo da noite e da lua. Fica afastada da casa.
Compartilho um belo poema de Clarice LispectorQuando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de mais nada fazer.
Até a próxima se deus quiser...
Anajá Schmitz