Desde que me conheço por gente, me lembro de Solidão. Quando acabava a colheita da cebola em dezembro, passávamos as festas de final de ano e já nos aprontávamos para ir para praia. Essa preparação levava meses. Minha mãe fazia compotas de doces, chimias e o melhor de tudo o lombinho de porco na banha. Quando carneávamos um porco, era feito a banha e deixava uma sobra no panelão de ferro para fritar o lombinho. Depois de fritar bem, o lombinho era guardado numa lata cheia de banha. Ali se conservava por anos. Nas férias degustávamos dessa iguaria de luxo. O lombinho era fatiado em finas camada e colocado sobre o pão e um pouco da banha. Meu pai comia acompanhado de um copo de vinho. A nós crianças era deixado tomar uma vez no dia, um pouco de vinho misturado com água e açúcar.Hoje de malas prontas estamos partindo para Solidão, para passarmos o carnaval. Desejo lhes um ótimo feriado e que Deus proteja a todos. Até a volta.
Aqui a natureza segue longe da destruição do homem. Na verdade um homem destrói enquanto toda a população sofre as consequências. Os predadores estão cercando nosso litoral e infelizmente estamos a merce desse processo. Por enquanto esse é o paraíso de Alfredo.
Até a próxima se Deus quiser...
Anajá Schmitz