sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Memórias de um doble chapa XV





Sofri muito bulling, e agressões, os pais uruguaios ensinavam os filhos a bater e a brigar, um garoto numa rua estranha sempre era afrontado para a briga. No colégio me provocavam e sempre a culpa era minha, mesmo que não fosse, por isso minhas notas eram elogiadas sempre pelas maestras pelo conhecimento e censuradas no comportamento. Lembro que na passagem do 4º para o 5º ano letivo a professora estava indignada com os garotos uruguaios, pois eu, o brasileiro tido como de mau comportamento, tinha tirado a melhor nota dos garotos. Apesar disso ela reconheceu meu valor. O único boletim escolar que não extraviei foi o que ela colou uma mensagem para mim. Nestes termos:
“Nelcy, eres inteligente as uso de essa miente despierta e llegarás lejos”

Na próxima sexta-feira, segue mais recordações de um doble chapa.

                                                             Escrito por Nelcy Cordeiro



12 comentários:

  1. As alegrias vão superando as tristezas!!!
    Gostei! Bj

    ResponderExcluir
  2. Abrazos enormes desde Costa Rica para todo el fin de semana.

    ResponderExcluir
  3. Mergulhar neste tipo de recordacao, da um prazer imenso e muita riqueza cultural, mais ainda a quem teve circunstancias similares, tal com eu, proximo da meia idade.
    Na minha aldeia e aquando escolar a primaria, no recreio sempre havia "bulhas" e cabecas partidas. Sem motivo, este era inventado e o pior era chegar a casa e o pai dizer repreensivo como desonra da familia, "nao tens vergonha, deixaste que te batessem...".
    Ainda bem que eu sempre tive um pouco de "pelo na venta" pois o agora chamado "bulling", era exercido por quem tinha de ir a escola por obrigacao, nao por vontade, tipo sabes melhores ler e escrever, mas nao me chegas aos calcanhares no que toca a certos trabalhos de campo.
    Coitada da professora que tinha de agradar a gregos e troianos...
    Adorei o texto
    Bjs e abracos.

    ResponderExcluir
  4. Anajá que lindo, bem que se nota nas memórias de Nelcy o gosto dos relatos, hoje revelado, ele teve uma Mestra que se apercebeu de sua capacidade e conseguiu tocar-lhe, para aflorar seu talento. Assim, ocorre com todos, que têm a oportunidade de cruzar com professores especiais. Obrigada pelas memórias e por compartilhar vida através de seu blog, abraços carinhosos
    Maria Teresa

    ResponderExcluir
  5. Oi Anajá, o bullying existe desde sempre e é lamentável! Mas ainda bem que Nelcy teve seu merecido reconhecimento.
    Beijos, bom fim de semana.

    ResponderExcluir
  6. Memorias que es importante recordar para enseñanza.
    Muy interesante, aunque no entiendo perfectamente el portugués, lamentablemente
    Un abrazo, Anajà
    felices dìas de octubre

    ResponderExcluir
  7. Anajá querida, tem um selinho pra vc lá no meu cantinho. Por favor sinta-se a vontade para pega-lo ou não ta? Beijinhos, ótimo final de semana

    ResponderExcluir
  8. Que memórias tão queridas que tem compartilhado conosco!
    A infância não foi tão fácil, mas ter sido reconhecido foi muito bom.
    E foi um fato muito bom em tempos escolares difíceis dessa geração que vivemos.
    Um bejim e bom domingo!

    ResponderExcluir
  9. Às vezes,olhando para trás,vemos que nem tudo foi fácil!
    Belo texto!
    Um beijinho
    Beatriz

    ResponderExcluir
  10. Olá Anajá!
    Quantas recordações que mantemos tão vivas e nos fazem reviverem a nossa meninice.
    Umas agradáveis outras talvez menos, mas na sua essência, são saudáveis as recordações.
    Não as ter, é uma vida vazia.
    Beijinho

    ResponderExcluir
  11. Ola!

    Adorei o post...

    Memorias lindas de se recorda...

    Fique com deus...

    Beijokaaaasss...

    ResponderExcluir

Obrigada pela carinhosa visita. Tenha um ótimo dia.